20 de nov. de 2025

Quando a tecnologia não ajuda...

Lembro-me da primeira vez em que vi um pedido chegar à cozinha não por um garçom apressado, mas por uma impressora que apitava sozinha. Foi um susto — e uma pequena revolução. Naquele instante percebi: a tecnologia havia cruzado definitivamente a porta das cozinhas.

Hoje, praticamente não há lugar onde ela não tenha chegado. Mesmo em um ambiente tradicionalmente manual (e braçal, diga-se de passagem), a modernidade já se faz presente — discretamente, mas transformando rotinas de uma profissão antiga.

Os recursos são muitos: de simples aplicativos que distribuem pedidos simultaneamente para a cozinha, a pâtisserie e o bar, até sistemas complexos de controle de estoque, pedidos e horários de trabalho. O resultado? Mais eficiência, menos desperdício e uma visão clara do que realmente gera lucro.

Mas toda ferramenta, por mais avançada que seja, é inútil sem quem saiba operá-la. E aí mora o desafio. No Brasil, percebi que muitos profissionais da cozinha ainda têm dificuldade em lidar com os aplicativos de gestão — o que gera confusões, números imprecisos e frustração. Na Europa, por outro lado, vejo equipes cada vez mais experientes, porém menos familiarizadas com o mundo digital.

Entre a tecnologia disponível e a prática cotidiana existe um abismo — um gap que só será superado com algo essencial: capacitação tecnológica.

Acredito que o futuro das profissões, inclusive as mais manuais, depende dessa ponte entre o saber fazer e o saber usar. A tecnologia não veio para substituir o toque humano, mas para potencializá-lo.

Afinal, como diria o Superman da minha infância: “Para o alto e avante!”

LG

CarolP

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